Ancorei meu barco
Ao largo da ansiedade.
O sargaço vário da incerteza
-Senti-o afogar-se no mar:
Bátegas lentas de ardor,
Brandas lágrimas de dor.
Doces vão as águas calmas
E seco o sal no meu rosto.
Os rudes seixos da mentira
Deixei, por fim, de buscar.
Quero somemte colher
Os grãos da areia polida,
Trilhos da inocência perdida,
A infância do nosso amor.
Poema de : Delfim Ferreira Leão
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